AMANDO OS PERDIDOS
Texto: Mateus 9.35-38
Introdução:
- A igreja nasce em Atos dos Apóstolos para adorar a Deus de todo o coração, vivendo em comunhão para proclamar aos perdidos que Jesus é o caminho, a verdade e a vida para todo aquele que crê.
- Essa igreja olhava para Jesus, tendo o maior exemplo para as suas vidas, e era dessa forma que eles não perdiam a verdadeira essência de ser a igreja de Cristo.
- O tempo foi passando, a igreja que era perseguida se transforma na religião universal do século terceiro, a religião se institucionalizou perdendo o foco da adoração, comunhão e evangelização.
- E hoje no tempo da individualidade extrema achamos que o evangelho é um lindo presente, para simplesmente desfrutarmos de suas bênçãos, perdemos a visão da multiplicação, de fazer a diferença com a nossa vida.
- Quando lemos esse texto de Mateus podemos resumir as atividades de Jesus (pregação e curas). Ele apresenta um discurso missionário, dizendo a igreja que a essência era pregar o evangelho para que as pessoas fossem transformadas pelo poder do Espírito Santo.
- Jesus não ficava recluso ao templo, ele não resumia a sua vida com Deus em um momento isolado no templo, não, ele se envolvia com as pessoas e na medida que ele encontrava as dificuldades operava o milagre.
- Jesus chamou a sua igreja para que ela proclame com autoridade o seu evangelho libertador, foi isso que aconteceu para com os seus discípulos: “Tendo chamado os seus doze discípulos, deu-lhes Jesus autoridade sobre espíritos imundos para os expelir e para curar toda sorte de doença e enfermidades” (Mateus 10.1).
- A igreja tem a tarefa de indicar o caminho certo para a Salvação, não podemos permitir que muitos andem por aí sem direção.
- Como Jesus, devemos andar pela cidade para agirmos como o bom pastor que orienta as suas ovelhas para o caminho certo: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo 10.11).
- Jesus é o bom pastor que está preocupado com as suas ovelhas, por isso, lendo o profeta Ezequiel, vemos a sua profunda identificação com Deus: “Porque assim diz o soberano, o Senhor: Eu mesmo buscarei as minhas ovelhas e delas cuidarei [...] Eu mesmo tomarei conta das minhas ovelhas e as farei deitar-se e repousar-se. [...] Procurarei as perdidas e trarei de volta as desviadas. Enfaixarei a que estiver ferida e fortalecerei a fraca, mas a rebelde e forte eu destruirei. Apascentarei o rebanho com justiça” (Ez 34.11;15-16).
- Essa visão de cuidado é de amor com aqueles que estão vagando na perdição, deve ser o amor da igreja por aqueles que estão distantes da palavra de Deus.
- Essa é a minha e a sua responsabilidade para com aqueles que ainda não se entregaram para o Senhor, temos que aprender a GANHAR, EDIFICAR, TREINAR E ENVIAR.
A forma bíblica de espalhar o Reino e a Glória de Deus ao mundo todo é fazendo discípulos que façam outros discípulos.
I – ENSINANDO, PREGANDO E CURANDO (v.35)
- Jesus se comprometeu com as cidades que ele passava, sua tarefa era ensinar, pregar e curar a todos que estavam em sua volta sedentos da palavra de Deus. Ele pregava as Boas Novas do Evangelho a todos que ele encontrava na cidade.
- Essa visão do Mestre de ir às cidades pregando o evangelho da Salvação orienta a igreja para realizar a missão, temos que ensinar, pregar e curar a nossa cidade com o poder de Deus. A igreja não pode se acomodar em seu conforto e proteção do templo, existem pessoas que precisam desta palavra para serem curadas e libertas de toda influência do inferno.
- O Senhor viveu a sua vida à margem da Galileia, ministrando com autoridade aquilo que Deus desejava, ele não parou nenhum instante para reclamar os seus direitos, e nem deixou que as dificuldades o impedisse de fazer a vontade do Pai.
- A igreja deve amar os perdidos, e não podemos amar simplesmente orando por eles, devemos nos colocar de pé em atenção a voz de Deus que nos indicará o caminho certo de ensinar, pregar e curar vidas que estão andando perdidas nas trevas.
- Jesus amava a cidade, e é isso que nós devemos fazer: temos que amar a nossa cidade, e, como Jesus, contribuir para que muitos se entreguem a Cristo: “Jesus foi por toda a Galileia, ensinando nas sinagogas deles, pregando as boas novas do Reino e curando todas as enfermidades e doenças entre o povo” (Mt 4.23).
- Deus quer que em cada cidade haja igrejas que o sirvam e adorem. O ministério de pregação do evangelho não pode ficar parado somente em um lugar. Jesus Cristo estava ensinando com seu exemplo que todas as cidades e aldeias deveriam receber sua mensagem.
- É para esse caminho que Deus está levando a sua igreja, mobilizando pessoas para abrir os seus lares, outros para saírem dos seus lares convidando aqueles que estão perdidos para ouvir a voz de Deus, as boas novas está sendo ensinada, pregada, e curas estão acontecendo.
II – ACOLHER COM COMPAIXÃO (v.36)
- Quando Jesus andava no meio da multidão se colocava no lugar daquele povo, ele sentia as suas dores e então os acolhia com tremenda compaixão. O mestre não passava desatento pela multidão, ele via os pobres, os cegos, os cochos, as mulheres prostitutas, mulheres doentes e desfavorecidas, pois ele é o bom pastor que cuida das ovelhas.
- A igreja deve ter compaixão dos perdidos, isso acontece quando nós olhamos para o lado e entendemos que existem pessoas que precisam de nossa ajuda para serem libertas do pecado, não podemos passar pela multidão com indiferença, temos que olhar para o lado com compaixão.
- Essa metáfora “como ovelha sem pastor” é a mesma metáfora usada pelos autores do Antigo Testamento, quando olhavam o povo disperso, Moisés diz isso em Números 27.17, pedindo a Deus um homem que conduza o seu povo para que não fosse como ovelhas sem pastor.
- Precisamos entender que a nossa tarefa como igreja é acolher os perdidos com muito amor, não podemos pregar o evangelho do Senhor sem desejar acolher este povo com compaixão, temos que aprender a cuidar daqueles que estão iniciando a sua caminhada de fé.
- Somos discípulos de Cristo, por isso devemos nos comprometer em sermos multiplicadores da nossa fé fazendo outros discípulos; é tempo de sentirmos a dor da multidão, daqueles que se entregam a Cristo, esses precisam do cuidado, do ensino da palavra para vencerem as lutas, esses precisam de um bom pastor.
- A multidão estava dispersa, desanimada, exausta e desamparada, estavam como ovelhas atormentadas por cães e largadas por si só no chão, incapazes de agir por si mesmas, somente o bom pastor pode acolher, dar segurança para que essas ovelhas tenham vigor.
- Somente este bom pastor pode levar estas ovelhas perdidas a pastos verdejantes e a águas tranquilas, por isso a igreja deve seguir o exemplo de Jesus, olhando para a multidão com muita compaixão.
- Vamos orar, mas também nos mobilizar para que a nossa cidade conheça verdadeiramente a Palavra do Senhor.
III – INVESTIMENTO MISSIONÁRIO (vs. 37-38)
- Jesus olha para multidão e faz uma reflexão muito importante para o seu tempo, e também para o nosso: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos”, isso demonstra que muitos estavam sedentos para ouvir a mensagem de Salvação, mas havia poucos trabalhadores dispostos a exercer essa missão.
- Tão pertinente é essa palavra para os nossos dias, onde as igrejas espalhadas pelas cidades ficam cheias de pessoas, e ainda milhares e milhares morrem sem entregar a sua vida a Cristo.
- Jesus deseja que a sua igreja invista vidas consagradas para proclamar o evangelho na cidade; a hora é essa para entendermos que cada crente é um missionário. Não podemos nos contentar em simplesmente ouvir a palavra de Deus, temos que nos comprometer em investir a nossa vida na obra missionária.
- A igreja deve se responsabilizar com a multiplicação de discípulos, foi isso que Paulo falou a Timóteo: “E as palavras que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie-as a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar outros” (II Tm 2.2).
- O evangelho não pode ficar retido em nossa vida. Por isso, Paulo está exortando a Timóteo que transmita esses ensinamentos a homens fiéis. O detalhe importante aqui é que esses homens devem ter fidelidade.
- Para o evangelho avançar numa forma multiplicadora, os cristãos devem ser fiéis no seu compromisso com o Reino de Deus.
- Ao lermos o que Paulo escreveu a Timóteo pensamos que essa informação é apenas para os pastores e missionários, não, a bíblia toda é para nós.
- Todos os cristãos devem pregar a palavra, devem estar preparados, em todo o tempo, levando as pessoas a um encontro com Deus e a obediência a ele e a sua palavra.
- Há muita gente para ser salva em nossas cidades e Deus quer usar cada um de nós para demonstrar seu amor e plano para essas pessoas. Quando temos amor por Cristo em nosso coração, também temos amor pelos que estão perdidos. Eles estão caminhando para uma condenação eterna, e nós temos a palavra de salvação e libertação.
- Só poderemos investir na obra missionária se nos entregarmos verdadeiramente a Cristo, pois é dessa forma que o seu amor nos constrangerá a pregar a salvação em Cristo Jesus.
- Foi isso que Paulo disse: “Pois o amor de Cristo nos constrange, porque estamos convencidos de que um morreu por todos; logo todos morreram” (II Co 5.14).
- É tempo de orarmos para que Deus levante mais trabalhadores, homens e mulheres comprometidos com o evangelho, crentes fiéis que não permitam que o diabo diga que não temos condições, mas que entendam que cada crente é um missionário, e o poder de Deus nos dá toda a capacidade de exercer tão grande tarefa.
Conclusão:
- Se somos a igreja de Cristo devemos amar profundamente os perdidos como Cristo nos amou. Não podemos passar indiferentes no meio da multidão, temos que pregar, ensinar e curar, mostrando ao mundo que somos discípulos de Cristo.
- Devemos nutrir uma profunda compaixão por aqueles que estão vagando pelas trevas. Este é o tempo de Deus para igreja que é dele, temos que investir na obra missionária, compreendendo que cada crente é um missionário nas mãos do Senhor.
Escrito por Pr. Jozadaque Qui, 20 de Setembro de 2012 17:17
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