Evangelho da 
Prosperidade x Mídia 

 Texto: Atos 17.11-13 

 I.) O que é o Evangelho da Prosperidade 

- Está firmado em um tripé: o cristão não deve aceitar doenças, sofrimento e nem pobreza. Se há algum tipo de enfermidade, sofrimento ou pobreza é por falta de fé ou por algum pecado existente. 

- Deus passa a ser nosso servo e nós passamos a ser os senhores! 

Exemplo da “oração” do Filho Pródigo! 

- Palavras que passaram a fazer parte do vocabulário dos crentes: reivindicar, determinar. 

- O que o movimento da confissão positiva tem a nos ensinar de positivo? Orar com fé, orar crendo nas promessas de Deus, ter uma mente positiva, evitando assim o pessimismo (Paulo Romeiro). 

- Divulgadores do Evangelho da Prosperidade mais conhecidos no Brasil: Kenneth Hagin, Benny Hinn, Jorge Tadeu, R. R. Soares, Valnice Milhomens, Miguel Ângelo (segundo P. Romeiro). Poderíamos incluir aqui igrejas neo-pentecostais como Universal, Graça, Mundial, Renascer e seus respectivos líderes. 

- Deveríamos confrontar o ensino destas pessoas? O que o apóstolo Paulo, um ardoroso defensor da sã doutrina, faria se estivesse vendo e ouvindo esta confusão doutrinária? Ver Fp 3.1,2; Gl 1.6-9. 

 II.) O Evangelho da Prosperidade à Luz da Bíblia 

- Brado da Reforma Protestante: sola Scriptura (somente a Escritura). 

- Os cristãos tinham que ter algo que normatizasse as questões de fé. Por isso, cremos que Deus nos deu as Sagradas Escrituras. 

- Questão Enfermidades: 

- Cremos no poder de Deus para curar, oramos por cura divina. Somos contra os abusos. 

- Pergunta: Deus cura todas as pessoas, de todas as enfermidades ou todos os lugares? 

- A experiência mostra que não. Por que? Somente por falta de fé e pecado? 

- A fé é um elemento importante na cura; Algumas enfermidades podem ser conseqüências de pecados; todavia, não deve haver espaço para a soberania de Deus? 

- Eliseu morreu em conseqüência de sua enfermidade. Será que ele não tinha fé ou estava em pecado? Muito pelo contrário. Soldado morto, após ser colocado na sepultura de Eliseu, tocou em seus ossos e ressuscitou (2 Rs 13.14-21). 

- Exemplo de Jó. Ele estava em pecado ou não tinha fé suficiente? O próprio Deus dá testemunho da integridade de Jó. 

- A verdadeira fé se revela nas horas de sofrimento e dor. É muito fácil se dizer que se tem fé para ser curado. Mas e se Deus, em sua soberania, não quiser curar, manteremos a nossa confissão de fé? 

- Há muitas pessoas que estão dispostas a crer em Deus em troca de um belo carro, mansão e outros bens materiais (e saúde perfeita). Poucas estão dispostas a crer nele em meio às adversidades (P. Romeiro). 

- Paulo aconselhou Timóteo a tomar um pouco de vinho por causa de suas constantes enfermidades (1 Tm 5.23). Paulo informa ter deixado Trófimo doente em Mileto (2 Tm 4.20). Paulo fala de um problema pessoal, ou seja, o “espinho na carne” (2 Co 12.7-10). Será que Paulo, Timóteo e Trófimo estavam sem fé ou em pecado? Não haveria espaço para a soberania de Deus? Paulo não falou em confissão positiva a Timóteo, nem recomendou que confessasse, declarasse, decretasse, exigisse sua cura ou ignorasse os sintomas da enfermidade. 

- Orar submetendo a nossa vontade à vontade de Deus. Ver Mt 6.10; 26.42; Mc 14.36; 1 Jo 5.14. Se possível ler trecho das págs. 37 e 38 do livro “Super Crentes”. 

- Questão Pobreza: 

- Será que todo aquele que for pobre o é por estar fora da vontade de Deus, por falta de fé ou pecado? 

- Preocupação de Deus para com os pobres é clara nas Escrituras: Dt 15.11; Mc 14.7; 1 Co 11.22; Gl 2.10. 

- Quando Jesus foi apresentado no templo, seus pais levaram a oferta do pobre (Lc 2.24 com Lv 12.8). Lhes faltava fé, estavam em pecado ou debaixo de maldição? 

- Jesus pediu uma moeda para ilustrar uma resposta (Mc 12.14-16). Afirmou não ter onde reclinar a cabeça (Lc 9.58). 

- O que Pedro disse ao paralítico: “Não possuo nem prata e nem ouro …” (At 3.1-8). E o homem foi curado. Naturalmente Pedro e João não estavam debaixo de qualquer maldição, em pecado ou sem fé, só porque não tinham prata nem ouro. Eles tinham algo melhor, a graça e o poder de Deus. 

- O evangelho de Jesus Cristo não é acumulação de riquezas. O evangelho da prosperidade parece ser uma maneira de adaptar o evangelho de Jesus Cristo a uma mentalidade capitalista moderna. Ver ainda Mt 6.19-21, 24-34; Pv 15.27; Ec 5.10; 1 Tm 6.10. 

- Creio ser necessário ter muito mais fé para sofrer pelo evangelho do que para desfrutar de suas bênçãos … confissão positiva prepara seus adeptos para a prosperidade e se esquece de prepará-los para as adversidades da vida, que poderão vir, na maioria das vezes, de forma inesperada … Devemos buscar a Deus muito mais pelo que Ele é do que por aquilo que Ele pode nos dar (P. Romeiro). 

- Diferença entre adversidade e prosperidade. Ler declaração de C. Swindoll pág. 48 do “Super Crentes”. 

- Questão do Sofrimento: 

- O sofrimento serve para nos fazer amadurecer, nos treinar, nos burilar, nos aproximar de Deus. 

- C. S. Lewis: “O sofrimento é o mega-fone de Deus para despertar um mundo surdo … Deus sussurra em nossos prazeres, fala em nossa consciência, mas grita em nossos sofrimentos” 

- Deus usou o sofrimento para trabalhar nas vidas de José, Davi, Daniel, Paulo, etc. 

- P. Yancey fala sobre a dádiva da dor. Poderíamos falar também da dádiva do sofrimento. 

- Será que, à luz da Bíblia, é correto não aceitar o sofrimento? Não estou querendo dizer que você deva se acomodar a ele, mas buscar aprender aquilo que Deus quer nos ensinar em todo esse processo. Ver Rm 8.28; Jr 29.11. 

 III.) O Evangelho da Prosperidade na Mídia 

- Não sou contra que o evangelho seja pregado através das mídias existentes, todavia, a maior parte do que está na mídia não é o evangelho genuíno ensinado por Cristo e os apóstolos. 

- Mídia tem um foco que a dirige: o “IBOPE”, audiência. Programação da TV muda rapidamente. 

- Igreja e pregadores que estão na mídia são tentados a oferecer aquilo que dá “IBOPE”, que dá audiência, aquilo que as pessoas querem ouvir e não aquilo que Deus quer que seja pregado! 

- Ver 2 Tm 4.1-5; Jr 1.7,17. 

- “Pesca no aquário”. A maior parte dos programas de mídia estão visando mais atrair pessoas já crentes para suas igrejas do que buscar almas não convertidas. 

- Divulga-se mais o nome da igreja ou ministério do que o nome de Cristo! 

- Causa confusão na cabeça dos crentes. Cada um ensina uma coisa. 

- Apelação financeira: constroem-se “impérios”, estruturas que depois precisam ser sustentados. Aí, se apela para a boa fé das pessoas! 

- Está gerando uma geração de cristãos que começam a achar a igreja como algo dispensável: “Vou ser crente em casa mesmo”! 

 IV.) O Que Fazer Diante do Quadro Que se Nos Apresenta 

- Devemos estar abertos a mudanças (ex. do homem que não soltou a corda), desde que estas não alterem a essência da proclamação cristã. Não mudar a mensagem, mas a forma de transmitir a mensagem. Não a essência, mas o rótulo, a embalagem. 

- Não se pode querer trabalhar com os adolescentes e jovens hoje como há vários anos atrás! 

- Temos de entender que estamos na era da tecnologia. 

- Não podemos dar qualquer coisa ao nosso povo! Eles tem a Internet! 

- Devemos nos manter fiéis à pregação do genuíno evangelho de Jesus Cristo – 2 Tm 2.15; 3.10-15. 

- Devemos enfatizar e praticar o modelo bíblico de divulgação do evangelho: o discipulado (Mt 28.18-20). 

Discipular alguém significa caminhar junto, reproduzir Cristo na vida da pessoa que está sendo discipulada. Me parece que isso não se pode fazer através do relacionamento frio da mídia! 



AUTOR:  Pr. Ronaldo Guedes Beserra





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