Motivos para
vivermos com
otimismo invencível

Referência:


Romanos 8.1-39






INTRODUÇÃO

1. No dia 06 de Janeiro de 1941, o presidente americano Franklin Delano Roosevelt dirigiu-se ao Congresso Americano, no contexto da segunda guerra mundial, quando o mundo inteiro voltava seus olhos para as atrocidades daquela batalha que matou 60 milhões de pessoas.

Num discurso que ficou gravado nos anais da história, disse que olhava para a frente, e buscava um mundo fundado sobre quatro liberdades essenciais para a humanidade:
1) A liberdade de expressão;
2) A liberdade de adoração;
3) A liberdade da vontade;
4) A liberdade do medo.

2. O apóstolo Paulo, também escreve Romanos, sua carta mais importante. Ela é considerada a cordilheira do Himalaia, atingindo as alturas mais extaltadas da verdade revelada de Deus. O capítulo 8 é visto como o pico do Everest, o ponto culminante de toda a verdade bíblica.

3. O capítulo 8 é a carta magna da nossa liberdade. Aqui Paulo fala sobre as quatro liberdades essenciais da vida cristã: nós fomos libertos da condenação, da derrota, do desencorajamento e do medo.

I. LIBERTOS DO JULGAMENTO – NENHUMA CONDENAÇÃO – V. 1-4

1. Em Adão estávamos condenados, mas em Cristo estamos justificados – O pecado entrou no mundo por um homem.

- Adão pecou e com ele toda a raça.
- Todos pecamos e estávamos destituídos da glória de Deus. O pecado é maligníssimo e penetrou em nossas veias, assumiu o trono da nossa vida, e nos jogou num estado de rebelião contra Deus. Tornamo-nos inimigos de Deus. Todos estávamos condenados, visto que o salário do pecado é a morte. Mas, Cristo levou sobre si a nossa culpa, morreu a nossa morte, suportou em seu corpo o nosso castigo, bebeu sozinho o cálice da ira de Deus que deveríamos beber, satisfez as demandas da lei em nosso lugar e nos justificou diante do trono de Deus. Por isso, estamos livres de toda condenação. Ele pagou a nossa dívida. Ele nos absolveu de toda culpa. Ele nos justificou.

2. A lei condena, mas Cristo nos justifica – Não podíamos ser salvos pela lei. Pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.

- A lei é boa, santa e pura, mas somos pecadores.
- A lei é como Raio X, luz e prumo. Identifica o problema, mas não resolve.

- Cristo, porém, como nosso representante, fiador e substituto, obedeceu a lei por nós e morreu por nós. Agora não há nenhuma condenação para os que estão em Cristo. Estar em Cristo é estar seguro, salvo, perdoado, justificado!

a) A lei não pode mais manter você como prisioneiro – v. 2 – Estamos mortos para a lei (Rm 7:4) e livres da lei (v. 2).

b) A lei não pode mais condenar você – v. 3

– O que a lei não podia fazer por nós, Cristo fez, morrendo em nosso lugar. Cristo sofreu a penalidade da lei em nosso lugar, por isso, não podemos mais ser condenados.

c) A lei não pode mais controlar você – v. 4 – O crente vive uma vida justa não pelo poder da lei, mas no poder do Espírito Santo. Somos controlados pelo Espírito.

- Por meio da morte de Cristo Deus nos justifica. Por meio do poder do Espírito Santo ele nos santifica.

- Pela morte de Cristo somos libertos da condenação do pecado e pelo poder do Espírito somos libertos do poder do pecado.

II. LIBERTOS DA DERROTA – NENHUMA OBRIGAÇÃO – V. 5-17

Não somos devedores à carne. Não há nenhuma obrigação com a velha natureza.

O crente agora pode viver em vitória. Paulo descreveu a vida em três níveis:

1. Aqueles que não têm o Espírito – v. 5-8

a) Eles vivem na carne (v. 5) – A pessoa não salva não tem o Espírito de Deus. Sua mente é centrada nas coisas que agradam a carne.

b) Eles estão mortos espiritualmente (v. 6) – A pessoa não salva está viva fisicamente, mas morta espiritualmente. Ela pode ser moral e até religiosa, mas não vida espiritual.

c) Eles estão em guerra com Deus (v. 7) – A velha natureza se rebela contra a vontade de Deus e não se submete à lei de Deus.

d) Eles não podem agradar a Deus (v. 8) – Uma pessoa não salva só pensa em agradar a si mesma. Ela não anseia pela glória de Deus nem tem prazer em obedecer a Deus.

2. Aqueles que têm o Espírito – v. 9-11

- A evidência da conversão é a presença do Espírito Santo habitando o crente. Seu corpo se transforma no templo do Espíritio Santo.

- Quando você tem o Espírito Santo você tem a garantia que é de Cristo. Você tem a garantia que o final da sua vida é não de derrota, mas de um glorioso triunfo (v. 11).

3. Aqueles que o Espírito os têm – v. 12-17

Não é suficiente para nós termos o Espírito, é preciso que o Espírito Santo nos tenha.

a) Ele é o Espírito da vida (v. 13) – É o Espírito que nos conduz à vida plena e abundante.

b) Ele é o Espírito da morte (v. 13) – É o Espírito que nos dá poder para mortificarmos os feitos do corpo.

c) Ele é o Espírito de adoção (v. 14) – Nós não somos escravos sem liberdade e sem direitos, somos filhos de Deus por adoção e por geração. Somos filhos e também herdeiros. Tudo que o Pai tem é nosso. Somos ricos!
d) Ele é o Espírito da direção (v. 14) – Não andamos errantes, confusos, perdidos.

- O Espírito nos guia. Só os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.
- O Espírito nos guia (v. 14) e também testifica que somos filhos de Deus (v. 16).

III. LIBERTOS DO DESENCORAJAMENTO – NENHUMA FRUSTRAÇÃO – V. 18-30

- Paulo trata aqui com o problema do sofrimento e da dor.
- Ele contrasta o sofrimento presente com a glória futura.
- Ele menciona aqui três gemidos.

- Fala do gemido das duas criações: a antiga (a natureza) e a nova (a igreja). Elas sofrem juntas e juntas serão glorificadas no final.

1. Os gemidos da criação – v. 18-22

- Quando Deus terminou a obra da criação, viu que tudo era muito bom.

- Mas hoje a criação está gemendo. Há sofrimento e morte.
- Há dor e gemidos.
- Há sofrimento
(v. 18), vaidade (v. 20), escravidão (v. 21), corrupção (v. 21) e angústia (v. 22).

- Mas esse gemido da criação não é o gemido de alguém que está morrendo, mas é como o gemido de uma mulher que sofre as dores de parto.

- Depois do gemido, vem a alegria. A criação geme aguardando a revelação dos filhos de Deus, a gloriosa segunda vinda de Cristo.

- Nós vamos participar da glória de Cristo e a natureza vai participar da nossa glória.

2. Os gemidos da igreja – v. 23-25

- Nós gememos por causa da fraqueza do nosso corpo e por causa da presença do pecado em nosso ser.

- Nós gememos porque embora já fomos libertos da condenação do pecado (na justificação), do poder do pecado (na santificação) ainda não fomos libertos da presença do pecado (só o seremos na glorificação).

- Nós gememos porque já experimentamos as primícias do Espírito e já sentimos o gosto da glória por vir.

- O Espírito em nós é mais do que uma garantia da glória, é antegozo dela.

- Nós gememos porque antevemos o gozo do céu e desejamos ardentemente ser revestidos de um corpo de glória e chegar logo em nossa Pátria, em nosso lar, o céu.

- Nós gememos, porque o melhor está ainda por vir. Nós gememos aguardando esse dia!

3. Os gemidos do Espírito Santo – v. 26-30

Deus se importa com você. Ele não despreza você por causa de suas fraquezas, mas o Espírito o assiste.

O Espírito Santo intercede por você:

a) Intensamente (v. 26) – Sobremaneira é uma expressão de intensidade.
b) Agonicamente (v. 26) – Com gemidos inexprimíveis. Ele não encontra uma língua para articular a sua intensa e agônica oração.

c) Eficazmente (v. 27) – Ele intercede segundo a vontade de Deus.

-O crente não se desencoraja nas lutas porque sabe:

a) Que Deus está trabalhando as circunstâncias da vida para o nosso bem – v. 28 – Todas as cousas cooperam para o bem dos que amam a Deus.

b) Que Deus tem um plano eterno e perfeito para a nossa vida – v. 29 – Ele plano envolve duas coisas: o nosso bem e a sua glória.

c) Que o plano de Deus é vitorioso e nunca pode ser frustrasdo – v. 30 – Deus nos conheceu, nos predestinou, nos chamou, nos justificou e nos glorificou.

IV. LIBERTOS DO MEDO – NENHUMA SEPARAÇÃO – V. 31-39

- A ênfase nesta sessão é a segurança do crente.
- Não precisamos temer o passado, porque já fomos justificados e nenhuma condenação há para os que estão em Cristo (v. 1).
- Não precisamos temer o presente, porque Deus está no controle da nossa vida, dirigindo todas as coisas para o nosso bem (v. 28).
- Não precisamos temer o futuro, porque nada nem ninguém pode nos separar do amor de Deus (v. 38-39).

CONCLUSÃO

Paulo conclui este capítulo magistral fazendo cinco perguntas:

1. Se Deus é por nós, quem será contra nós?

- Deus é por nós como protetor (v. 31), como provedor (v. 32) e como justificador (v. 33). O Pai é por nós e provou isso nos dando o seu Filho e trabalhando todas as coisas para o nosso bem.

- O Filho é por nós, em sua morte, ressurreição, ascensão e intercessão.

- O Espírito é por nós, pois intercede por nós com gemidos inexprimíveis.
- Quem é contra nós? O diabo, o mundo, a carne. Mas se Deus é por nós, todos os inimigos estão derrotados. Você e Deus são maioria.

2. Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as cousas? O argumento aqui é do maior para o menor.

- Se quando éramos pecadores, Deus nos deu o seu Filho, agora que somos filhos ele porventura nos abandonaria?
- Se ele já nos deu o seu dom inefável, ele jamais vai nos abandonar ou nos desamparar. A cruz é a demonstração mais eloquente do amor de Deus.


3. Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus?

- Nenhuma acusação poderá ser levada em conta se Jesus Cristo, nosso advogado, nos defende e se Deus, o juiz, já nos declarou justificados. É impossível amaldiçoar, quanto mais condenar aqueles a quem Deus decidiu abençoar.

4. Quem os condenará?

- Às vezes nosso coração nos acusa. O mesmo fazem os nossos críticos e inimigos. Todos os demônios do inferno nos acusam. Porém sua condenação não tem sentido.

- Por que? Por causa de Jesus Cristo: Paulo fala quatro coisas sobre ele: ele morreu, ressuscitou, está à direita de Deus e intercede por nós. Ele morreu pelos mesmos pecados pelos quais seríamos condenados. Por outro lado, Cristo ressuscitou para provar a eficácia da sua morte. Agora está assentado à direita de Deus de onde desempenha seu ofício de Advogado Celestial. De fato podemos dizer: Agora nenhuma condenação há mais para aqueles que estão em Cristo Jesus.

5. Quem nos separará do amor de Cristo? É possível que tenhamos que enfrentar agruras na vida, passar por vales escuros e trilhas estreitas.

- É possível que a pobreza nos atinja, a fome nos alcance, as perseguições nos firam, mas em vez de derrota, somos mais que vencedores.

- Nem as agruras da morte, nem os problemas da vida, nem os poderes sobre-humanos, nem o tempo, nem o espaço, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus que está em Cristo. Amém!



AUTOR: Rev. Hernandes Dias Lopes






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