O DEUS QUE PERDOA 



SÉRIE: DESCOBERTAS – Uma visão de Deus através do Antigo Testamento A ARMAÇÃO (Gênesis 3.1-5) 

(1) Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o SENHOR Deus tinha feito. E ela perguntou à mulher: “Foi isto mesmo que Deus disse: ‘Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim’?” 

(2) Respondeu a mulher à serpente: “Podemos comer do fruto das árvores do jardim, 

(3) mas Deus disse: ‘Não comam do fruto da árvore que está no meio do jardim, nem toquem nele; do contrário vocês morrerão’ ”. 

(4) Disse a serpente à mulher: “Certamente não morrerão! 

(5) Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês, como Deusa , serão conhecedores do bem e do mal”. A AMBIÇÃO (Gênesis 3.6-13) 

 (6) Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também. 

(7) Os olhos dos dois se abriram, e perceberam que estavam nus; então juntaram folhas de figueira para cobrir-se. 

(8) Ouvindo o homem e sua mulher os passos do SENHOR Deus que andava pelo jardim quando soprava a brisa do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus entre as árvores do jardim. 

(9) Mas o SENHOR Deus chamou o homem, perguntando: “Onde está você?”

 (10) E ele respondeu: “Ouvi teus passos no jardim e fiquei com medo, porque estava nu; por isso me escondi”. 

(11) E Deus perguntou: “Quem lhe disse que você estava nu? Você comeu do fruto da árvore da qual lhe proibi comer?” 

(12) Disse o homem: “Foi a mulher que me deste por companheira que me deu do fruto da árvore, e eu comi”. 

(13) O SENHOR Deus perguntou então à mulher: “Que foi que você fez?” Respondeu a mulher: “A serpente me enganou, e eu comi”. A AVARIA (Gênesis 3.14-24)  

(14) Então o SENHOR Deus declarou à serpente: “Uma vez que você fez isso, maldita é você entre todos os rebanhos domésticos e entre todos os animais selvagens! Sobre o seu ventre você rastejará, e pó comerá todos os dias da sua vida. 

(15) Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar”. 

(16) À mulher, ele declarou: “Multiplicarei grandemente o seu sofrimento na gravidez; com sofrimento você dará à luz filhos. Seu desejo será para o seu marido, e ele a dominará”. 

(17) E ao homem declarou: “Visto que você deu ouvidos à sua mulher e comeu do fruto da árvore da qual eu lhe ordenara que não comesse, maldita é a terra por sua causa; com sofrimento você se alimentará dela todos os dias da sua vida. 

(18) Ela lhe dará espinhos e ervas daninhas, e você terá que alimentar-se das plantas do campo. 

(19) Com o suor do seu rosto você comerá o seu pão, até que volte à terra, visto que dela foi tirado; porque você é pó, e ao pó voltará”. 

(20) Adão deu à sua mulher o nome de Eva, pois ela seria mãe de toda a humanidade. 

(21) O SENHOR Deus fez roupas de pele e com elas vestiu Adão e sua mulher. 

(22) Então disse o SENHOR Deus: “Agora o homem se tornou como um de nós, conhecendo o bem e o mal. Não se deve, pois, permitir que ele tome também do fruto da árvore da vida e o coma, e viva para sempre”. 

(23) Por isso o SENHOR Deus o mandou embora do jardim do Éden para cultivar o solo do qual fora tirado. 

(24) Depois de expulsar o homem, colocou a leste do jardim do Éden querubins e uma espada flamejante que se movia, guardando o caminho para a árvore da vida. 

 A. TRÊS ESTÁGIOS DA QUEDA A ARMAÇÃO 

(Gn 3.1-5) – verdade torcida (tentação de Satanás) Pergunta sutil (Gn 3.1): “Foi isso mesmo que Deus disse? Não comam de nenhum fruto?” 

- A tentação da serpente (Satanás) começa com um pergunta sutil que introduz uma dúvida em relação à palavra de Deus: “Nenhum fruto?” Deus havia proibido apenas o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. 

- A tentação visa atrair nosso interesse para o está fora do limite estabelecido por Deus. Gratidão é reconhecer as bênçãos já recebidas e glorificar a Deus por elas. Tantas árvores e tantas frutas, todas boas e permitidas. Mas os corações de Eva e Adão foram atraídos para fora da gratidão e para dentro da insatisfação. E isto abriu a porta para o pecado. 

 - Contradição aberta (Gn 3.4-5): “Certamente não morrerão! ...vocês, como Deus,serão conhecedores do bem o do mal.” 

- A armadilha já estava armada e o gatilho foi uma mentira direta na forma de contestação aberta e enfática da palavra de Deus: “Certamente não morrerão!” Dialogar com o tentador é muito perigoso, pois o leão se aproxima com a única intenção de devorar a sua vítima (1Pe 5.8). 

- A instrução bíblica é resistir a ele e não lhe dar ouvidos (Tg 4.7). A porta da gaiola se fechou quando Eva acreditou que o Criador lhes havia privado de conhecer o bem e o mal. De repente, ser semelhante a Deus tornou-se insuficiente à luz da possibilidade de ser como Deus. 

- A AMBIÇÃO (Gn 3.6-13) – olho gordo (a cobiça de Adão e Eva) 

 - Império dos sentidos: “...agradável ao paladar, atraente aos olhos, desejável para dela se obter discernimento...” 

- O apóstolo João ensinou que “a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens não provém do Pai, mas do mundo”. E advertiu: “Não amem o mundo nem o que nele há” (1Jo 2.15-17). 

- A cobiça aparece em seus três sentidos principais: prazer (paladar, carne), imaginação (olhos) e poder (obter discernimento, ostentação dos bens). 

- Nossos primeiros pais cederam à cobiça quando escolheram amar o mundo mais do que a Deus. Esta inversão de valores espirituais trouxe uma conseqüência trágica para toda a humanidade: sem exceção, todos os descendentes naturais de Adão e Eva amam o mundo mais do que a Deus. 

 - As perguntas de Deus: 
“Onde está você?” 
“Quem lhe disse...?”
 “Você comeu...?”
“Que foi que você fez?” 

- A iniciativa do Criador de caminhar na direção da criatura humana persiste mesmo após a desobediência do casal. Isto realça de forma notável a grandeza do amor de Deus: ele buscou, ele perguntou, ele confrontou, ele proveu, ele limitou, ele prometeu. 

- A história humana não acabou na Queda. Foi exatamente naquele ponto que ela teve a sua continuidade afirmada por Deus. 

 - A AVARIA (Gn 3.14-24) – maldição e sofrimento - Estas duas palavras, repetidas no texto bíblico, revelam o estrago e as conseqüências dramáticas nas relações internas do ecossistema original em decorrência da desobediência de Adão e Eva: 

 - A serpente e a mulher – inimizade, ruptura na criação (cf. Rm 8.19-22); 

- A mulher e o marido – dor no parto; relação disfuncional com o marido, de correspondente a subserviente (cp Gn 2.18 e 3.16); 

- O homem e a terra – relação de hostilidade mútua: a terra produzindo espinhos e ervas daninhas e o homem brigando com a terra para se alimentar (Gn 3.17-18). 

 B. TRÊS PROVISÕES DO CRIADOR 

- Um Amor Inesgotável – Gn 3.8,21 Graça comum: presença e proteção. O passeio de Deus no Jardim do Éden ao entardecer do fatídico dia da queda demonstra o inesgotável amor de Deus. Seu cuidado ao fazer roupas de peles para o casal, agora vulnerável por causa do pecado, aponta para uma fidelidade que durará para sempre. 

- Jesus referiu-se a essa graça comum na expressão “ele [Deus] faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos” (Mt 5.45). E aquele que se fez carne está presente no universo “sustentando todas as coisas por sua palavra poderosa” (Hb 1.3). 

-  Uma Promessa Irrevogável – Gn 3.15: “o descendente dela... lhe ferirá a cabeça” 

 - Graça salvadora: o descendente vencedor foi prometido à mulher no Éden. Foi um anúncio quase cifrado, cujo entendimento pleno veio à luz com Cristo: “quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher” (Gl 4.4). 

- A graça de Deus se manifestou salvadora (Tt 2.11). “Ele nos perdoou todas as transgressões, e cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. 

- Ele a removeu, pregando-a na cruz, e, tendo despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo público, triunfando sobre eles na cruz” (Cl 2.13-15). 

- Ou seja: nossa dívida foi perdoada e o inimigo foi despojado do poder que exercia sobre nós por meio do pecado e da morte. 

 - Um Limite Inegociável – Gn 3.19,21: “você é pó, e ao pó voltará” - A morte é “o último inimigo a ser destruído” (1Co 15.26), disse o apóstolo Paulo. Ela é nossa inimiga enquanto castigo pelo pecado. Mas a mesma morte imposta ao homem serve de barreira protetora e introduz um elemento de esperança, por causa de Cristo. Se não morrêssemos, todos nós estaríamos destinados a um estado de pecado eterno. 

- Esse foi o sentido da expulsão do Éden: “Não se deve... permitir que ele tome também do fruto da árvore da vida e o coma, e viva para sempre” (Gn 3.22). 

- A morte de cada é só uma questão de “quando”. E nossa completa impotência diante dela é um poderoso lembrete da necessidade de salvação. 

- Só quem morre e ressuscita com Cristo experimenta paz com Deus. Sua morte eterna é substituída pela justiça de Cristo e por uma vida nova e abundante (Rm 5.12-21; 2Co 5.14-6.1). 

 C. PELO AMOR E PELA DOR 

– conclusões - A criação revela um Deus que ama intensamente os seres humanos: criou-os à sua imagem e semelhança; proveu-lhes um habitat perfeito e adequado; deu-lhes autoridade e domínio sobre a criação; ordenou-lhes fecundidade e ocupação do espaço-mundo; em resumo, Deus os abençoou! 

 - A queda revela um Deus que continua amando os seres humanos que criou apesar de sua falência moral: tomou a iniciativa de buscá-los no esconderijo do pecado; confrontou a sua desobediência e impôs conseqüências e limites; e introduziu esperança da vitória sobre o mal por meio de uma promessa. 

 - Deus perdoa! Mas o caminho de volta ao Pai pode ser tanto pelo amor, quanto pela dor. 

- A criação fala do amor do Criador, a queda introduz a dor do pecado, mas o mesmo Deus que criou, também perdoa. 

Sua perfeição e santidade não o afastam eternamente de nós, porque a morte de seu filho Jesus Cristo oferece reconciliação e paz, bem como vitória sobre o mal. 


AUTOR: Pr. Paulo Moreira Filho



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