SECULARIZAÇÃO NA IGREJA 

Quando analisamos as cartas enviadas às Sete Igrejas, logo percebemos uma terrível realidade: Satanás luta com todas as suas forças contra o Povo de Deus! 


1) Na Igreja de Sardes ele tinha conseguido implantar uma “Sinagoga de Satanás”; 


2) Na Igreja de Laodicéia, ele tinha conseguido colocar um tipo de fogo estranho que os deixar mornos, sem calor suficiente e impróprio para o consumo; 


3) Na Igreja de Tiatira ele tinha infiltrado, nada menos, do que uma “falsa profetiza”, por nome Jezabel! 


- Desde sempre o objetivo de Satanás tem sido tornar a Noiva de Cristo semelhante à Igreja de Laodicéia, a fim de que, no último dia, ela venha ser “vomitada” da boca do Senhor! Por isso, cada cristão deve viver em estado de alerta contra todas as investidas do Maligno; mesmo contra aquelas que são extremamente sutis! Na verdade, uma vez que Satanás sabe que é infrutífero lutar contra a Igreja, ele tem, agora, utilizado outro meio: a amizade! Isso mesmo! Satanás tem oferecido a sua “amizade” a Igreja. E por mais incrível que pareça, não são poucos aqueles que têm retribuído o favor. Para explicar melhor este assunto queremos falar sobre a Secularização da Igreja. 


 I – O QUE É SECULARIZAÇÃO? 


- Quando falamos em “secularismo” ou “secularização”, a primeira palavra que nos vem à mente é “século”. Não há nada de errado com isso. O único problema é imaginarmos “século” apenas como uma referência a um período de “cem anos”; mas na verdade, o termo “século” significa muito mais do que isso! 


- A palavra “século”, conforme atesta o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, também tem o significado de “mundo” e “vida terrena”. 


1. O Uso Bíblico do Termo “Século”. É com o sentido de “mundo” e “vida terrena” que a Bíblia, na maioria dos casos, utiliza o termo século. 


Veja as seguintes referências: Ec.9:6; Mt.12:32; Mc.10:30; I Co.1:20; II Co.4:4; Gl.1:4; Ef.1:21; 6:12; II Tm.4:10; Tt.2:15 e Hb.6:5 (Almeida Corrigida). 


- Podemos notar nestes versos que “mundo” ou “século”, refere-se a “vida terrena” em contrates com a “vida eterna”. Tais passagens também nos alertam para o perigo de trocarmos aquilo que é por toda eternidade, por coisas que logo se vão. Desta forma podemos definir o secularismo como sendo o amor às coisas terrenas em detrimento das coisas espirituais. 


2. A Secularização do Mundo. 


- Uma vez entendido que “secularização” tem haver com “vida terrena” podemos tentar definir o que vem a ser a secularização. 


- Mas antes, vamos voltar novamente ao Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa para ver como ele explica o termo secularismo: “exclusão, rejeição ou indiferença à religião e a ponderações teológicas”. 


- Um outro dicionário, o de Webster, assim define o secularismo: “sistema de doutrinas e práticas que rejeitam qualquer forma de fé religiosa e adoração”. 


- Nós vivemos, portanto, num mundo secularizado; ou seja, um mundo que valoriza apenas o que pertence a “este século”, a “este mundo” e a “vida terrena”. 


- A ideologia predominante no mundo de hoje se interessa apenas em buscar a satisfação da humanidade e não demonstra a menor preocupação com as realidades da vida eterna. 


- Para o homem pós-moderno, tudo que existe e importa é a vida terrena. 


3. A Secularização da Igreja. 


- Na Bíblia a Igreja é vista sempre como estando em constante oposição ao mundo. Neste caso é importante diferenciar as coisas. 


- Quando falamos de “mundo” nos referimos a “este século” (I Cor. 1.20; II Cor. 4.4; Ef. 6.12); ou seja, aos valores morais e espirituais corrompidos da nossa era. 


- A Igreja de forma alguma se opõe ao mundo físico, na verdade, ela dever ser a primeira a preservá-lo, mesmo sabendo que pouco tempo resta para que ele venha ser substituído por “novos céus e nova terra”. 


- Cuidar da Terra foi um dos primeiros mandamentos que o Senhor deu ao homem no Jardim do Édem. 


- A Igreja se opõe ao mundo enquanto entendido como “sistema moral e religioso”. Todavia, alguns estão se demonstrando cansados com tal luta. Eles desejam um oásis em meio ao deserto da tribulação. Não quererem mais lutar, antes, desejam aproveitar tudo o que o mundo oferece. Então a Igreja abre sua porta para os valores do mundo e se torna “secularizada”, “mundana”.


 II – CONSEQUENCIAS DA SECULARIZAÇÃO DA IGREJA 


- A principio, a secularização parece bastante atraente; mas no fim da história, a Igreja sempre vai sair no prejuízo. 


- E não pode ser diferente: a Igreja é exatamente o oposto do que o mundo quer que ela seja; uma vez que ele estenda a sua mão em amizade ao mundo, ela perde a sua identidade e deixa de ser aquilo a que foi vocacionada a ser: Igreja! 


- Para identificarmos as conseqüências e prejuízos da secularização da Igreja, podemos traçar um breve histórico de como tais males tem afetado a Igreja do Senhor em épocas diversas. 


1. A Secularização na Igreja Primitiva. 


- Os cristãos primitivos eram assolados pelas tentações da vida terrena e muitos deles foram enganados. 


- Podemos ver isso nas cartas enviadas as Sete Igrejas. 


- Os crentes da Igreja de Éfeso, por exemplo, se tornaram tão amantes da vida terrena que acharam não mais precisar do Senhor Jesus. 


- Éfeso era uma Igreja materialmente rica e prospera; mas o amor a riqueza a tornou espiritualmente deficiente a ponto de o Senhor tê-los alertado do perigo que se avizinhava. 


- Quase todas as Igrejas da Ásia enfrentaram problemas semelhantes. 


2. A Secularização da Igreja no 3° Século. 


- No Terceiro Século, a Igreja vinha, desde muito tempo, resistindo bravamente as perseguições e investidas do Império Romano. Mas tudo aquilo mudaria com a [suposta] conversão do Imperador Constantino. Quando Constantino se converteu, a Igreja, de perseguida passou a ser a religião oficial do Estado e, agora, ser cristão era uma questão de estar na moda. Os crentes passaram a desfrutar de grandes privilégios e benefícios. Em pouco tempo, nos mostra a história, a Igreja mergulhou numa profunda escuridão espiritual que perdurou por toda a Idade Média. Mais tarde, Deus levantaria homens que despertariam a Igreja de seu sono, culminando na Reforma Protestante. 


3. A Secularização da Igreja nos Dias Atuais. 


- Nunca foi tão fácil professar a fé cristã como agora, se comprarmos os nossos dias com outros períodos da História da Igreja. Porém, toda esta facilidade não foi capaz de nos tornar cristãos melhores. 


- De fato, a Igreja de nosso tempo está se secularizando tão, ou mais rapidamente, do que todas as que antecederam. 


- Uma prova disso está na mensagem que pregamos: hoje, anunciamos um evangelho de facilidades e diluímos verdades eternas em chavões que podem ser encontrados nas palavras de qualquer guru de auto-ajuda disponível no mercado. 


- Hoje, apresentamos aos homens um Deus que tudo faz e nada pede; um Deus submisso e refém do homem soberano, que cansado de pedir, agora pede, exige e determina. Acreditamos em um Salvador, mas damos as costas a um Senhor; desejamos uma salvação, mas relutamos a deixar vida que conduz a ruína – queremos ser salvos; mas queremos permissão para ficar no poço! 


- Por isso, a Igreja é hoje vista como uma empresa e deve se adequar ao gosto da clientela. Tal atitude só pode nos conduzir a um secularismo cada vez mais evidente, uma vez que a “clientela” é formada de homens inteiramente submissos ao pecado. 


 III – COMO NOS DEFENDER DA SECULARIZAÇÃO? 


- Jesus não abandonou as Igrejas da Ásia a sua própria sorte. Nada disso! Ele se fez presente orientando-as a voltarem ao caminho certo. 


- Devemos tomar cuidado ao falar da Igreja de Cristo. Ainda que ela falhe e peque, continua sendo a Noiva do Cordeiro, comprada com Seu precioso sangue. 


- Não é a vontade do Senhor rejeitar sua Igreja, o seu desejo é vê-la restaurada completamente! Para isso ele tem capacidade seu povo a resistir neste tempo do fim. 


1. A Palavra de Deus. 


- Nada mais eficaz contra o engano do que a verdade sendo anunciada “em tempo e fora de tempo” (II Timóteo 4.2). Nas Escrituras Sagradas encontramos qual é a perfeita vontade do Senhor para as nossas vidas. Toda vez que a Igreja despreza ou se descuida da Palavra ela é fatalmente envolvida pela apostasia espiritual. 


2. O Espírito Santo. Pertence a Ele o “convencer do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8). 


- Uma Igreja cheia do Espírito é uma Igreja protegida contra o erro. Não que o Espírito seja um amuleto protetor; mas sim, que devemos estar sempre atentos a Sua Voz e Direção, através das Escrituras, para que possamos identificar e resistir as investidas de Satanás. 


 CONCLUSÃO: 


-  Satanás tentou seduzir as Sete Igrejas e está tentando seduzir a nossa hoje. Mas, o Senhor Jesus Cristo diz que as suas ovelhas “ouvem a sua voz”. Estamos prontos para ouvir a voz de Cristo hoje? 


- Estamos dispostos a rejeitar as ofertas da “vida terrena” na esperança de alcançarmos “bens maiores” no porvir? 


Esta é a questão a ser respondida por cada um de nós; afinal, não podemos servir a dois Senhores! 


FONTE: http://ministdapalavra.blogspot.com.br/p/estudos-sobre-igreja.html




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