SEDE SANTOS

1 PEDRO 1.2,13-17.

INTRODUÇÃO

- O que é a santificação?
- Acontece de uma só vez, ou é um processo?
- De que modo ela se relaciona com a salvação?
- O que significa ser santo?
- Quem é responsável por nos tornar santos, e o que pode ser feito quando ficamos aquém da verdadeira santidade?

Essas são algumas perguntas pertinentes ao assunto que iremos estudar nesta lição.

I. A SANTIDADE DE DEUS

1. Deus é santo.

- Na Bíblia, e principalmente no Antigo Testamento, o sentido fundamental da palavra “santo” é separado.

- O pensamento latente na exortação de Pedro, “sede vós também santos”, parece ser: Uma vez que o Deus santo os escolheu para serem povo dEle, vocês devem igualmente ser santos, caso queiram gozar de sua plena comunhão.

- Quando Pedro fala que “é santo aquele que vos chamou” (v.15), usa o termo hagios que, quando se refere a Deus, dá em primeiro lugar a idéia de ser separado e, em segundo, da sua total perfeição moral.

- A santidade é o atributo mais revelado de Deus nas Escrituras.

2. Características da santidade de Deus.

- Deus é a essência absoluta da santidade, da bondade e da retidão, sendo Ele o alvo de toda a busca por santidade, pureza, e justiça.

- A santidade de Deus é perfeita (1 Sm 2.2) e incomparável (Êx 15.11).

- É exibida em seu caráter (Sl 22.3; Jo 17.11), em seu nome (Is 57.15), em suas obras (Sl 145.17) e em seu reino (Sl 47.8).

II. SANTIFICAÇÃO

1. O que é.

- Santificação significa “tornar santo”, “separar do mundo”, “consagrar”, “apartar-se do pecado”, a fim de viver em estreito relacionamento com Deus, servindo-o com fidelidade e alegria.

- É a transformação da natureza moral e espiritual do crente que o torna participante da natureza divina, por opor-se ao mal e ao mundo para pertencer exclusivamente a Deus, e só a Ele servir.

- É através da santificação que o crente se aperfeiçoa à semelhança de Deus. Ela só é possível mediante a atuação da poderosa Palavra de Deus e do sangue de Jesus (Jo 17.17; 1 Jo 1.7).

2. Aspectos da Santificação.
No v.15, a expressão “sede santos” mostra que, com relação aos homens, o termo santos destaca mais o aspecto moral, como se vê na expressão “em toda a vossa maneira de viver”. No v.2 (e igualmente no v.9) o apóstolo refere-se aos crentes como “santificados no Espírito”.

- Somos santificados pela virtude da obra de Cristo em nosso favor. Assim, a santificação tem um aspecto passado, ocorrido na conversão, quando o indivíduo se entrega ao Senhor, quando seus pecados são perdoados e ele é justificado.

- Há também o aspecto presente (Gl 5.22,23), que vai sendo paulatinamente realizado pela ação e poder do Espírito Santo. Desse modo, ela é gradual porque vai aperfeiçoando o crente em conformidade com o supremo modelo, que é Cristo.

- Por último, há o aspecto futuro, quando os salvos ficarão livres da presença do pecado e serão semelhantes a Cristo (1 Jo 3.2; Cl 3.4; Rm 8.29).

III. NECESSIDADE DA SANTIFICAÇÃO

1. Como parte da salvação.

- A salvação começa pelo novo nascimento espiritual (2 Co 5.17).

- O grande alvo da salvação final é que compartilhemos da imagem e da própria natureza de Cristo, e isto mediante o processo de santificação, operado pelo Espírito Santo.

- 2 Tessalonicenses 2.13 nos mostra que a santificação é a fase presente da salvação. O mesmo princípio doutrinário é visto em 2 Coríntios 7.1. Fica, assim, claro que a santidade é algo inerente à salvação, e não opcional. Hebreus 12.14 ensina-nos que sem a santificação ninguém verá o Senhor.

2. Como pré-requisito para a glória futura.

- Os trechos de Romanos 8.29 e 2 Coríntios 3.18 ensinam que o Espírito Santo nos transforma segundo a imagem de Cristo (nos santifica), para participarmos de sua natureza e glória. Esse é um processo que começa aqui, com a santificação do crente.

- À medida que progredimos espiritualmente, deixamos de lado as práticas pecaminosas, e somos libertos dos pecados que nos dominam.

- O alvo da santificação, antes de mais nada, é implantar a própria natureza de Deus em nós. Um dia participaremos da natureza do Pai, porquanto somos filhos de Deus e estamos sendo conduzidos à glória (Hb 2.10).

3. “Não vos conformando” (v.14).

- O crente que busca uma vida santa não pode se conformar com as coisas deste mundo, a saber, “as concupiscências que antes havia em vossa ignorância”.

- Observemos que as concupiscências estão associadas à falta de conhecimento legítimo do que é útil, real e necessário para se ter uma vida que agrade a Deus. Só cai em concupiscência quem perdeu a visão do Reino de Deus, e fixou seu olhar nas ilusões passageiras desse mundo.

- Há uma separação entre o nosso passado sem Deus (havia em vossa ignorância) e a nossa posição de santificados em Cristo .

- Reino de Deus Cômputo (contagem, cálculo) de todas as bênçãos, promessas e alianças que o Todo Poderoso, de conformidade com os seus conselhos, destinou aos que recebem a Cristo Jesus.

- O Reino de Deus não é apenas um lugar; é um estado de imensuráveis bem-aventuranças.

IV. A PRÁTICA DA SANTIFICAÇÃO

1. Esforço humano.

- O aspecto presente da santificação é aquele em que vivemos hoje e que é gradual. Deus, “que começou a boa obra (em nós), há de completá-la” (Fp 1.6).

- O cristão, ao mesmo tempo que busca o reino de Deus, deve buscar também a sua justiça (Mt 6.33).

- A Bíblia diz que “Deus é que efetua em nós tanto o querer quanto o realizar, segundo sua boa vontade” (Fp 2.13), mas ao mesmo tempo também diz: “desenvolvei a vossa salvação com temor e t re mo r” (Fp 2.12).

- Portanto, devemos ter interesse em conhecer tudo o que estiver relacionado à nossa salvação.

2. Conhecer a Deus.

“E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3).

- Vida eterna é Conhecimento de Deus. Este conhecer a Deus refere-se tanto ao conhecimento a respeito de Deus, quanto à comunhão pessoal com Ele.

- É através das Escrituras que Deus se torna conhecido aos homens. É através da nossa completa entrega e do nosso amor total a Ele que nós o conhecemos (Jo 14.21,23).

- Conhecer a Deus é algo progressivo, que continuará na eternidade. Observemos, pois, o que diz o profeta Oséias: “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor” (Os 6.3).

CONCLUSÃO

- A santificação não é algo automático ou repentino na vida do crente. Deus a realiza em nossa vida, em todas as áreas do nosso ser (1 Ts 5.23). E esta obra divina embutida na salvação é constante e progressiva (2 Co 7.1).

- A vida cristã depende de o crente separar-se voluntariamente, passando a ser controlado pelo Espírito de Deus; não mais vivendo sob o domínio do pecado, nem sob o controle da lei, nem da carne, mas dominado pelo Espírito de Deus.

- O resultado desta entrega ao poder do Espírito Santo significa a libertação do pecado na vida diária.


FONTE: http://www.ibnmaraba.com.br/pdf/sede_santos.pdf


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