A CABEÇA DO
CONVERTIDO


QUANDO DE FATO RETORNAMOS PARA A CASA DO PAI
O QUE SE PASSA PELA CABEÇA DE TODO AQUELE QUE SE VOLTA VERDADEIRAMENTE PARA DEUS


(EVANGELHO DE LUCAS 15: 17-25)




INTRODUÇÃO

- A Parábola do Filho Pródigo é marcada por divisões bastante claras. Cada seção trata de um aspecto relacionado ao tema mais amplo da salvação dos seres humanos.

- Na análise de primeira divisão tratamos do conceito de pecado. Por que o pecado é considerado como tal por Deus?

- Em seguida, abordamos as principais conseqüências do pecado para a nossa vida.

- A terceira parte dessa parábola é bastante clara. Aborda o exato momento em que o filho mais moço resolve voltar para a casa do pai. Trata de um tema de valor incalculável.

- É impossível que algum pregador seja capaz de hiper-dimensionar a importância do tema que o Senhor Jesus aborda nesses versos.

- Como alguém pode ser excessivamente alarmante ao falar sobre a exata resposta que o homem deve dar ao evangelho a fim de que seja salvo?

- O tema principal desses versículos é conversão – que nada mais é do que um voltar-se para Deus em arrependimento e fé. Sem conversão – retorno para casa – não há salvação. Sem arrependimento e fé não há conversão.

Nós vamos agora entrar na cabeça do convertido e tentar entender, à luz do que Cristo ensina, o que passou pela cabeça daquele que se converteu.

A MENTE DO CONVERTIDO

1. “VIVER LONGE DE DEUS É UMA MISÉRIA” (V. 17).

- O background dessa passagem nunca deve ser esquecido por nós. Cristo estava descrevendo o que ocorria naqueles dias.

- Gente que havia mergulhado no pecado, praticando os crimes mais hediondos e as mais graves afrontas a Deus, e por cuja iniqüidade viera a passar pelas maiores misérias humanas, estava se voltando para Deus através da mensagem de Cristo.

- O que Cristo trata de fazer é descrever de uma forma simples o que estava acontecendo com toda aquela gente que subitamente mudara de vida.

- Cristo as descreve como quem descobriu a verdade sobre si mesmo na escola do sofrimento providencial de Deus: “Então, caindo em si, disse...”. Elas colheram o que semearam. Quiseram viver autonomamente e Deus lhes disse: “Seja feita a tua vontade”.

- A vontade delas foi feita e elas não encontraram o que estavam procurando. Pior. Perderam o que tinham.

- Nesse estado de fome, culpa e humilhação a verdade surge como um relâmpago na mente. Um estalo, conforme se diz. O homem cai em si. É levado a perguntar: “Afinal, por que estou aqui faminto na companhia de porcos?” Então, traça toda a sua trajetória de vida até chegar ao exato ponto em que passa a ver com nitidez como tudo começou. Volta-se para o seu coração de onde se mantivera longe. Não havia outra resposta para seus problemas. Elas sabiam que estavam afastadas de Deus e justamente por isso encontravam-se em estado miserável.

- O que essas pessoas compreenderam mediante a dor? Elas descobriram que a vida longe do Pai é uma vida de miséria e que a vida ao lado do Pai é uma vida de fartura.

Daí apreende-se as seguintes verdades:

- Voltar-se para Deus em razão da descoberta de uma verdade que só foi compreendida no sofrimento não é hipocrisia.

- O sofrimento é uma expressão da misericórdia divina pela vida dos pecadores.

- Deus aceita o voltar-se para Ele inicialmente baseado no amor próprio.


2. “PRECISO NADA MAIS NADA MENOS QUE TER UM REAL ENCONTRO COM DEUS”.

“Levantar-me-ei e irei ter com meu Pai”.

- Essa declaração é decisiva.

- O desespero é tamanho que o coração é tomado da mais profunda certeza de que a resposta não está na religião. Nem na decisão de viver uma vida mais casta, por exemplo.

- Não se trata de mais religião e mais moralidade. A resposta está num encontro real com Deus: “LEVANTAR-ME-EI E IREI TER COM MEU PAI”.
- Centenas estavam dizendo isso através do contato com a pregação do Senhor Jesus Cristo!

- Não tenho palavras para descrever o quanto essa declaração me toca. “Vou sair desse estado de penúria. Aqui não fico mais. Irei ter com o meu Pai”.

3. “NÃO POSSO ESPERAR QUE DEUS ME RECEBA SEM ANTES LHE DIZER O QUANTO LHE ENTRISTECI COM OS MEUS PECADOS, FUI RESPONSÁVEL PELA MINHA MISÉRIA E DEPENDO DA SUA GRAÇA PARA VIVER”.

“... e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado seu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores”.

- Não há a mínima menção nessa passagem quanto a uma possível falsidade nessa declaração.

- Não se tratava do pedido de alguém que viu ser arrancada dos seus lábios uma confissão contrária ao que realmente acreditava. Cristo estava descrevendo a conversão sincera de seres humanos.

- Não há conversão sem arrependimento. Essa é a maior necessidade humana.

- O evangelho não oferece esperança para quem não se arrepende.

- Antes de buscar a Deus por qualquer outra necessidade o ser humano deve procurar a Deus pela necessidade do perdão. Sendo assim, ninguém deveria tomar nenhuma decisão na vida referente a Deus e a sua vontade sem antes se arrepender.

- Todos os elementos do verdadeiro arrependimento estão presentes nessa parábola.

- Parece que hoje pessoas se aproximam da igreja sem esse espírito de contrição. Esperam que Deus as abençoe sem a intenção de se arrependerem dos seus feitos.

- Note que não há exigência. Não há o que se pleitear.

4. “HOJE É O DIA DA SALVAÇÃO”.

“E, levantado-se, foi para o seu pai”.

- A conversão é uma obra da graça divina na vida humana mediante a qual a mente é poderosamente convencida da veredicto de Deus referente ao pecado humano, o coração é vividamente enternecido pela percepção da beleza da santidade de Deus e horror do pecado e a vontade vigorosamente acionada garantindo a procura real da conversão.

- Não somos salvos mediante o desejo de ser salvo, mas por meio da busca concreta da salvação até encontrá-la.

- Cristo compara a viagem de volta ao retorno de uma terra distante. Mas, um primeiro passo é dado. Barreiras são encontradas pelo caminho. A alma, no entanto, não dá descanso a si mesma até que chegue em casa.

5. “NÃO POSSO ABUSAR DO AMOR DE DEUS JULGANDO QUE A SUA BONDADE ELIMINA A NECESSIDADE DE DIZER-LHE O QUANTO PEQUEI”.
“Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou e, compadecido dele, correndo, o abraçou e beijou. E o filho lhe disse: ‘Pai, pequei contra o céu e diante de ti, já não sou digno de ser chamado seu filho”.

- Antes de qualquer confissão o pai o envolve com o seu amor. Porém, a manifestação do amor não faz o filho se esquecer das suas ofensas e da necessidade de honrar o pai mediante a confissão de toda afronta praticada contra alguém tão amável.

- O evangelho, com toda a sua ênfase no amor surpreendente de Deus, não estimula ninguém a tão somente dar por certo o amor de Deus e permanecer onde está – vivendo a mesma vida, contando irresponsavelmente com o amor divino, pois esse amor não se contenta apenas em perdoar, mas ter de volta em casa.

6. “O AMOR DE DEUS POR MIM É O QUE ME FAZ TER CERTEZA DE QUE NÃO É UM ABUSO DEIXÁ-LO TRATAR-ME COMO UM FILHO SEU”.

- O filho é apresentado como alguém que aceita participar da festa pelo seu retorno.

- Qual a razão de ser dessa festa? O filho retornara e o pai estava feliz.

- Acontece que o filho aceita toda aquela manifestação de um amor constrangedor.

- O evangelho visa gerar essa ousadia na alma – a perda de todo escrúpulo – a aceitação da aceitação.

- O filho mais moço permanece em silencio perante as acusações do irmão mais velho. O amor do pai regula sua relação com tudo e com todos.

CONCLUSÃO

- A salvação resulta da conversão.

- Conversão é um voltar-se para Deus em arrependimento e fé.

- Arrependimento é saber que um dia sentimo-nos livres para abusar do amor de Deus.

- Fé é sentirmo-nos livres para receber o amor de Deus sem julgar que não devemos fazê-lo por ser um abuso.




AUTOR: Antônio Carlos Costa - é pastor da Igreja Presbiteriana da Barra, Presidente do Rio de Paz e há dez anos apresenta o programa de televisão Palavra Plena.






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