ESPÍRITO DE MISÉRIA

Provérbios 30.15



I – INTRODUÇÃO


1. Deus formou o homem e lhe deu vida, e preparou um lugar especial, para que este morasse, trabalhasse, edificasse a sua estrutura familiar e pudesse ter comunhão com o seu Criador – Gn 2:

A. Deus se preocupou em colocar os seus filhos num lugar próspero;

B. O jardim do Éden possuía árvores agradáveis à vista – v.9a;

C. Havia árvores frutíferas – v.9b;

D. Uma árvore chamada de “árvore da vida”, colocada no meio do jardim, provavelmente tinha como finalidade impedir a morte física do homem e se relacionava com a dependência de Deus para uma vida perpétua – v.9c;

E. Uma árvore chamada “árvore da ciência do bem e do mal”, que apontava para testar a fé de Adão e Eva e a sua submissão à Palavra de Deus, e a escolha em obedecerem a Deus e serem prósperos, ou desobedecê-lo e caírem na miséria – v.9d;

F. Um jardim regado por um rio, que depois se dividia em quatro braços – v.10;

G. No jardim havia ouro de alta qualidade – v.12a;

H. Havia o bdélio, goma-resina semelhante à mirra, usada em perfumaria – v.12b;

I. Também havia a pedra sardônica, uma variedade da pedra de calcedônia, de tonalidade escuro-alaranjada ou vermelho-pardacenta;

J. Deus ofereceu todas as condições possíveis para que o homem pudesse trabalhar, lavrar a terra e ser cada dia mais próspero em suas tarefas, e guardar o jardim, sendo responsável por ele – v.15.

2. A prosperidade é uma dádiva de Deus para o homem, no entanto, ela é um fator que incomoda tremendamente ao diabo. Ele gosta de ver as pessoas na miséria, na desgraça e na sarjeta.

3. O que ele quer em relação à Igreja, é que os crentes se conformem com situações de miséria. Ele deseja que os crentes olhem o dinheiro e a prosperidade como o lado ruim e amargo da vida, e que não trazem bênçãos.

4. “O dinheiro é a raiz de todos os males”. O texto, sem contexto, interpretado isoladamente torna-se herético, mas, mesmo assim muita gente usa para justificar a sua usura e o seu estado de miserabilidade, principalmente mental, pois a verdadeira miséria não está no bolso, mas na mente.

5. A raiz de todos os males é a cobiça, colocada no coração dos seres humanos pelo diabo e alimentada pelo desejo de propriedade, que a cada dia quer mais e mais, nunca se fartando.

II – PROSPERIDADE

1. Prosperidade não é “nadar” em dinheiro:

A. Prosperidade é viver bem com aquilo que se ganha;

B. Prosperidade é ter condições de continuar a adquirir cada dia mais, com o suor do rosto, oriundo do trabalho;

C. A prosperidade divina se origina na submissão e no prazer à lei do Senhor – Sl 1.1-3;

D. Prosperar é aumentar pouco a pouco, ou seja, progredir;

E. Prosperidade também é obter bons resultados. Desenvolver-se;

F. É prosperando que alcançamos os nossos objetivos, transformando os nossos sonhos em realidade.

2. Muitos não conseguem ser prósperos porque tudo que fazem dá errado. Tudo o que colocam a mão “vai para o buraco”. Gente enrolada. O diabo tira proveito disso, usando de todos os artifícios para não deixá-los caminhar.

3. A prosperidade incomoda tanto ao diabo, que:

A. A sua ira se manifesta em “alguns crentes”, que ficam irados com as vitórias dos filhos de Deus. Eles choram pelos que se alegram e se alegram pelos que choram;

B. Quando alguém prospera, se destaca e começa a ser abençoado, logo aparecem os mentirosos e caluniadores para dizerem que ele está roubando;

C. Alguns se levantam para fazerem juízos equivocados e espúrios, julgando os outros com aquilo que possuem de pior em si mesmos;

D. Não há respeito e muito menos compromisso com a verdade, pois o sucesso alheio produz uma expectação inquietadora.

4. A prosperidade chega em nossa vida quando nos colocamos diante de Deus, para cumprirmos o nosso papel e desempenharmos a nossa função no grande projeto de Deus para nossas vidas, então Ele nos dá graça, para que tudo que colocarmos a mão, se torne próspero.

5. Tudo o que colocamos a mão retrata o que somos:

A. Se o que nos dispomos a fazer dá sempre errado, e não vai pra frente, há algo de errado que precisa ser investigado;

B. Se o salário nunca atende a demandas básicas, tem alguma coisa errada. Pode ser o salário, mas também pode ser a maneira como o administramos. Há pessoas que ganham bem, mas vivem como miseráveis; para esses, nenhum dinheiro é suficiente. Em contrapartida outros ganham pouco, mas possuem abastança em suas casas;

C. Se mesmo com um dinheiro extra, você ainda fica continuamente enrolado, alguma coisa de fato está errada na sua vida. Procure saber o que deve ser consertado;

D. O desejo de ser próspero implica em deixar de olhar a vida dos outros e passar a olhar para si mesmo. Não esperar dádiva dos outros, mas compreender que Deus vai usar você, para que a bênção chegue a sua casa.

6. Tome a vida de José do Egito como exemplo. Faça hoje um voto de fidelidade a Deus e comprometa-se financeiramente com o seu Reino:

A. Peça para que Ele lhe abençõe de tal maneira, para que tudo o que você colocar a mão seja próspero;

B. Peça a mesma unção da vida de José:

• Mesmo vendido como escravo e sendo prisioneiro, tornou-se Governador;

• Tudo que José colocava a mão prosperava, porque Deus era com ele;

• Diga: “Senhor, usa minhas mãos. Eu quero ter o toque de alguém ungido”.

III – A MALDIÇÃO DA MISÉRIA

1. A miséria é a expressão antagônica da prosperidade.

2. A vida do miserável é totalmente inversa às definições que demos de prosperidade, tornandose uma maldição, principalmente porque na maioria das vezes a miséria não é imposta, mas vivida por opção, já que temos o poder de escolher por um Deus vivo e verdadeiro, que ministra sobre as nossas vidas a unção de prosperidade, mesmo que expressada na maneira simples de viver.

3. Não é o muito pensar, mas a qualidade do que se pensa, é que determina o que somos. Se você só pensa como cauda, nunca será cabeça. Isso é problema. Deus nos chamou para sermos cabeça nos mais variados segmentos da vida. Não quer dizer que fomos chamados para mandar, ser chefes, etc., mas para fazermos a diferença, manifestando sempre um espírito de excelência.

4. Você pensa como cabeça ou como cauda? As circunstâncias ruins da vida devem durar para sempre? Se não houver expectativas favoráveis, se não nos prepararmos para as grandes demandas exigidas pelas grandes vitórias, seremos arrasados pelas lutas e pelos desafios da vida, que tornarão todos os caminhos para as conquistas inacessíveis. Isso é maldição.

5. Em Mateus 6.24 está escrito: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom”. Parece incoerência, mas ser “servo” das riquezas não é bênção, mas maldição:

A. Mamom é um termo aramaico significando riquezas, dinheiro ou outros bens terrenos valiosos;

B. Jesus está dizendo que não se pode servir a Deus e às riquezas, principalmente quando elas se tornam verdadeiros deuses;

C. Servir às riquezas é atribuir-lhes um valor tão expressivo quanto colocar nelas toda a confiança, segurança e esperança de felicidade;

D. Esperar das riquezas um futuro sólido, quando ninguém sabe o dia de amanhã;

E. Buscar mais nas riquezas do que no Reino de Deus e a sua justiça;

F. A vida e a mente de uma pessoa passam a ser controladas pela riqueza, quando esta se torna um deus.

6. Podemos denominar Mamom como um principado, controlador das riquezas do mundo ambicioso, envolvendo homens ambiciosos que vendem a própria alma para saciar a sede de abastança. O texto de Provérbios 30.15 é interessantíssimo e carece de observações: “A sanguessuga tem duas filhas, a saber: Dá, Dá. Há três coisas que nunca se fartam, sim, quatro que não dizem: Basta!”

A. Mamom é o pai da riqueza que trabalha para o mal e para a desgraça:

• Sim, junto com sanguessuga e suas duas filhas, nunca dizem: Basta!

B. A sanguessuga é a sua esposa:

• Ela gruda nas pessoas e suga o que elas possuem;

• Muitos possuem uma boa aparência, mas estão com a sanguessuga grudada sugando as suas finanças;

• Trabalham, mas não conseguem ver o fruto do trabalho. Plantam, mas não colhem; lutam, mas não vencem;

• Recebem todo o salário somente em vales ou está comprometido para pagar dívidas, cobrir cheque especial, e pagar os juros do cartão de crédito. Isso é sanguessuga. É pura maldição.

C. Dá e Dá são as suas duas filhas:

• Sabe que demônios são esses? Espíritos da miséria;

• A sanguessuga chupa o sangue e a pessoa vai definhando espiritualmente e financeiramente e daí, depois de enfraquecida, vêm os demônios da miséria;

• Os demônios da miséria, Dá e Dá, nunca se saciam, nunca dizem: Basta! Comem e não se fartam, bebem e não se saciam. Nenhum dinheiro é suficiente, e nenhuma riqueza satisfazem-nas!

• Quando esses demônios invadem a vida de uma pessoa, ela começa a ter valores pequenos, a olhar a miséria como algo benéfico, a se conformar com os insucessos, os fracassos não a incomodam, os sonhos se desvanecem, a esperança transforma-se num sentimento de frustração e de prostração;

• Esses espíritos instalam-se confortavelmente dentro de casa, na empresa, no escritório, nas ruas e nas esquinas, nos bairros e nas cidades;

Dá e Dá cheiram mal, exalam o fedor da podridão do inferno, porém, aqueles que estão sob o seu domínio, não sentem o cheiro e não se apercebem do charco de lama em que estão afundando;

O fim dessas pessoas é a sarjeta e a mendicância. Quando não tiver mais o que tirar, os demônios da miséria Dá e Dá, vão embora e as deixam como resto para outros demônios menos escrupulosos.

D. Algumas áreas do cotidiano, que os demônios da miséria Dá e Dá, gostam de atuar:

Se o telhado da casa está quebrado, precisando de telhas novas, Dá e Dá dizem: “Compra um plástico preto e cobre o telhado”. E ainda lhe faz dar glória a Deus, fazendo-o pensar que isso é bênção. Deus quer que você coloque telhas novas no seu telhado e não um pedaço horrível de plástico. Dá e Dá são especialistas em trabalhar com remendos, e mal feitos;

Há pessoas que saem para comprar roupa nova e acabam dentro de um brechó. Compram para uso pessoal roupas roubadas até de cemitério, que serviram recentemente a alguns defuntos. Tornam-se fregueses dos espíritos de miséria;

Alguns têm condições financeiras para comprar uma roupa nova de custo mais elevado e conseqüentemente, um produto de melhor qualidade, mas os espíritos de miséria não deixam, e sem perceberem estão perguntando ao vendedor: “Moço, o que tem de mais baratinho na loja?” As pessoas se acostumam com o que há de pior. Isso é Dá e Dá. Pechinchar é outra coisa!

E aqueles que não resistem a uma lojinha de R$ 1,99? Algumas coisas você pode encontrar em loja de R$ 1,99, claro! Mas ser empurrada, viciada, atraída, encantada por essa lojinha, é demais! Se o marido, a esposa, a mãe, os filhos, os amigos, ou sei lá quem, aniversaria, para onde ela vai?

Dá e Dá também adoram uma festa.Quando alguém é convidado para ir a uma festa, os demônios da miséria vão logo se preparando! Uma sacola plástica de supermercado é indispensável. Marmitinha é melhor ainda! Quando chegam na festa querem ficar na trajetória obrigatória dos garçons e quando eles aparecem com a bandeja de salgados? Misericórdia! Já viram salgadinhos voadores? Isso é Dá e Dá. Três salgadinhos na boca de uma vez e três na sacolinha. São espíritos de miséria.

Dá e Dá também adoram fazer os seus ninhos no chuveiro elétrico que não funciona, porque os fios estão engatilhados no gato armado na rede elétrica. Dá e Dá estão no porão, na laje ou quarto da bagunça, onde é o depósito de entulhos e bugigangas. Tudo o que quebra e enguiça, bota no porão! Liquidificador quebrado, sapato furado, ventilador com uma hélice só, cama com três pernas, geladeira sem motor, roupa velha, etc., tudo no porão, a moradia de Dá e Dá. Você acha que o Espírito Santo se move dentro de uma casa assim? Tem que fazer uma faxina. Expulse esse espírito de miséria em nome de Jesus!

Pessoas que passam na rua e não podem ver um canteiro, porque querem pegar uma mudinha. Não podem ver nada na rua que têm que pegar: cabos de vassoura, panelas furadas, baldes sem alça, pregos enferrujados, tampa de panela, sacolas de supermercado. Isso é espírito de miséria! O que também impressiona, é o que guardam no armário: lembranças de aniversário de vinte anos atrás, vestido de noiva amarelado, o broche quebrado da bisavó, a camisola da noite de núpcias, e vai por aí. Querido, ore para que ao entrar em casa, Deus abra os seus olhos para que vejam os demônios da miséria fazendo do seu lar um habitat, quando a sua residência deveria refletir a beleza da glória do Senhor.

Dá e Dá também vão à igreja. Adoram templos sujos e desarrumados, todo arrebentado, bancos quebrados, ventiladores escangalhados, vidraças empoeiradas, banheiros fedorentos, instrumentos mal conservados, equipamentos de som engatilhados, etc. Lugar não falta para as Dá e Dá.

Pessoas que não têm cuidado no trato pessoal. Não tomam banho corretamente, não se cuidam, não tratam dos dentes, tem mau hálito, não lavam as roupas íntimas direito, as cuecas e calcinhas são amarelas, sem elástico e fedorentas e horrorosas. Isto é Dá e Dá. Filhos de Deus tomam banho, são cheirosos, usam roupas limpas. Se você deixar, esses espíritos da miséria usarão o seu corpo e os seus pertences;

Temos que vigiar porque existem pessoas que querem compartilhar as suas Dá e Dá: doam para a igreja móveis arrebentados, aparelhos de ar condicionado sem motor, azulejos que não servem pra nada, equipamentos usados por “Cabral” quando descobriu o Brasil. Para a Obra Social nem se fala, eles não fazem doações, mas querem transformar a ação beneficente da igreja em depósito de lixo: entregam sapatos furados ou com um pé, roupas que não servem a mendigos, alimentos perecidos, e vai por aí. Um certo irmão, numa campanha financeira, doou um carro Fiat para a igreja e quando fomos buscar a tal doação, verificamos que nem o ferro velho aceitaria aquela coisa. Isso é espírito de miséria; as Dá e Dá que muita gente quer compartilhar.

IV – ABUNDÂNCIA E NÃO MISÉRIA

1. Somos filhos de um Deus de abundância e não de misérias. Deixemos a miséria para os demônios e os seus filhotes.

2. Deus não deixará nos faltar nada. Deus não quer dar apenas o que está diante dos nossos olhos. Ele quer nos dar uma mesa farta. Algo maior e infinitamente melhor - Sl 23.

3. Deus quer que sejamos sementeiras para que possamos colher abundantemente – 2 Co 9.6-15:

A. É semeando muito, que muito se colhe; não é possível mudar essa lei divina – v. 6;

B. Não podemos contribuir porque necessitamos apenas colher, mas, porque em nossos corações deve haver a alegria do Senhor, e Ele ama alguém assim – v. 7;

C. Deus “pode nos fazer” abundar em todos os seus favores, para que tenhamos sempre “tudo”, com o propósito de superabundarmos em toda boa obra – v.8-9;

D. Deus dá a semente e o pão; também supre e aumenta a nossa capacidade de semearmos, para que os nossos frutos sejam multiplicados – v. 10;

E. Ele pode nos fazer “enriquecer em tudo”, com o propósito de sermos “generosos”, e por nosso intermédio, devido à nossa generosidade, graças lhe serão tributadas – v. 11;

F. A nossa generosidade e o serviço que prestarmos com essa assistência, não atenderá apenas às necessidades da obra do Senhor ou a dos seus servos, mas resultará em “muitas” graças a Deus – v. 12;

G. A ministração da generosidade, que é possível pela grande semeadura, fará com que glorifiquem a Deus, porque será visível a sua declaração de fé e liberalidade; e em contrapartida, as orações serão muitas em seu favor, recheadas de afeto, pela virtude da superabundante graça de Deus que haverá em você – v. 14;

H. Só restará agradecer esse inefável dom de Deus – v.15.

4. Não haverá misérias na sua vida! Porém cuidado com os desperdícios:

A. Fique atento com o cheque especial e o cartão de crédito;

B. Domine os problemas financeiros e não se deixe dominar por eles;

C. Nunca deixe de semear os dízimos e as ofertas. Há pessoas que deixam de dizimar porque se “enrolaram”, e trazem maldições para sua própria vida porque roubam a Deus;

D. Sendo infiel, você convidará o espírito migrador e o devorador para comerem as suas finanças;

E. Não entesoure para si mesmo, pois se a sua riqueza não servir para glorificar a Deus e o seu Reino, então, para nada servirá a sua prosperidade;

F. Um justo, aquele que fica com o que lhe pertence e entrega o que pertence a Deus, nunca ficará desamparado e nem a sua descendência mendigará o pão. Deus nunca deixará faltar nada, porque é fiel.



AUTOR: Pr. Josué Gomes






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