APRENDENDO
COM AS MÃES
DA BÍBLIA



Com a Maria, a mãe de Jesus, com Ana, a mãe de Samuel, com a mãe-viúva de Sarepta e com Eunice, mãe de Timóteo, aprendemos outros comportamentos.

1. Dar à luz a um filho é colocá-lo no coração do mistério.

- De toda a narrativa natalina de Jesus, a que mais me fascina e intriga é esta: "Maria, porém, guardava todas essas coisas e sobre elas refletia em seu coração" (Lucas 2.19).
- Enquanto anjos cantavam e pastores se alegravam, Maria guardava tudo no seu coração. Maternidade é feita de lembranças, mas também de apostas. Que será do bebê ainda no ventre? Que será do bebê no berço? Que será da criança que aprende a andar e a falar? Que será? Que será?
Nenhuma mãe o sabe, por mais que deseje.

- A maternidade é uma aposta. Mas nenhum mãe deve se angustiar por causa do futuro do seu filho. Deve apostar, refletir, orar, mas não se angustiar.
- A maternidade é exercício de confiança. Penso sobretudo nisto: que Maria, embora não entendesse tudo o que lhe acontecia, embora não pudesse (como toda mãe) saber o que aconteceria com o seu filho, confiava que o Deus que lhe dera o bebê iria cuidar dele. Ao longo das ações de Maria, temos esta aposta e esta confiança claramente presentes.

2. Toda mãe deve se dedicar à formação do seu filho.

- Ana é como Abraão. Abraão se dispôs a entregar seu único filho ao Senhor, mas Deus não o quis. Ana se dispôs a entregar o filho cujo desejo foi transformado em oração de lágrimas. Segundo lemos, aprendemos que ela era estéril, mas pediu (como deve fazer toda mulher que deseja ser mãe) a Deus um filho, assim:
-- Oh Senhor dos Exércitos, se tu deres atenção à humilhação de tua serva, te lembrares de mim e não te esqueceres de tua serva, mas lhe deres um filho, então eu o dedicarei ao Senhor por todos os dias de sua vida, e o seu cabelo e a sua barba nunca serão cortados. (1Samuel 1.11).- O filho chegou e Ana cumpriu seu voto, voluntário. Ainda segundo lemos, logo após o menino deixou de mamar no peito, ela, em acordo com o marido Elcana, levou o garoto para estudar no seminário do profeta Eli, com as seguintes palavras:
-- Era este menino que eu pedia, e o Senhor concedeu-me o pedido. Por isso, agora, eu o dedico ao Senhor. Por toda a sua vida será dedicado ao Senhor (1Samuel 1.27-28).
A cada ano, Ana "fazia uma pequena túnica e a levava para ele, quando subia a Siló com o marido para oferecer" (1Samiuel 2.19).

- Ana era uma mulher de palavra. Não prometeu no desespero. Prometeu no desespero e cumpriu na calma.

- Ana entendia que tinha uma responsabilidade na formação do seu filho. À distância, pode fazer algo (costurar a roupa do menino) e ela o fez.
- Ana é um exemplo em torno da responsabilidade que as mães têm na formação moral e espiritual dos seus filhos. Ana respirava oração. Orava pelo filho que não tinha. Orava pelo filho que recebeu. Orava pelo filho que entregou. Ela se dedicava. Ela fazia a sua parte. Em oração e em ação.
- Para Ana, o melhor para o seu filho era estar com Deus quisesse, não onde ela quisesse (preferentemente na barra da sua saia...)
- A pergunta é se ainda hoje uma mãe pode dedicar um bebê a um determinado ministério (no caso, o pastoral).
- Penso que sim, mesmo num mundo em que, desde cedo, as pessoas tomam decisão. Uma mãe, em parceria com o marido, pode dedicar seu filho ainda bebê (ou mesmo no ventre) para o serviço ministerial (pastoral ou missionário, em sentido amplo ou restrito).
- Os tempos mudaram; então, há uma diferença. A dedicação pode ser feita, mas não pode ser imposto ao filho. A escolha é dele; a vocação é dele. E isto se aplica a qualquer profissão.
- Se os pais, em algum momento, fizeram um voto ao Senhor em relação ao seu filho, este filho deve saber disto na hora própria, talvez depois de ter tomado a decisão pessoal. No meu caso, foi assim. Estudei teologia para ser professor e escritor. Um quarto de século depois, fui ordenado ao ministério pastoral. Foi então que meu pai me disse que eu fora consagrado pelos meus pais para o exercício deste dom. Nunca fui pressionado porque eu não o sabia. Nos termos de hoje, diferentes dos de Samuel, a vocação deve ser um assunto entre o vocacioanado e Deus; não entre sua família e Deus. Feito o voto, a família deve continuar orando (secretamente) para o que desejo se cumpra, sempre respeitando o desejo do(s) filho(s).
- Quando lemos a história, vemos que Samuel aceitou a sua vocação como um prazer, até o fim de sua vida. Sua história como sacerdote começou nas lágrimas de sua mãe antes de ele ser concebido e continuou enquanto sua mãe pôde.
- Com a história de Ana, aprendemos Quem não tem filhos e os deseja, deve orar para os ter.
- Quem tem filhos, especialmente quem especificamente pediu para que nascessem, devem entender que são presentes de Deus, não importam se têm saúde firme ou frágil.
- Quem tem filhos deve entender que é seu prazer e missão cuidar deles, dêem menos ou mais trabalho, porque trabalho sempre um filho dá.
- Quem tem filhos deve se lembrar que deve persistir com eles, sobretudo na sua formação espiritual, tarefa que mais ninguém realiza além dos pais, sobretudo das mães.
3. Para as necessidades de sua família, uma mãe deve confiar em Deus.


- Há uma viúva na vida de Elias. Ao conviver com ele, essa mulher, sem nome, da cidade Sarepta, aprendemos que Deus nos supre em nossas necessidades (1Reis 17.7.-24).
- A história é a seguinte: num tempo da adversidade, com escassez de alimentos, o profeta Elias também ficou sem comida e foi procurar uma família, composta de uma mãe, viúva, e seu filho. Ele lhe pediu água e ela deu. Ele pediu comida e ela lhe disse que o que tinha em casa era a última provisão, depois do que só restaria a morte.
- Elias insistiu que o pouco que tinha fosse preparado para ele, garantindo que haveria alimento para todos. Em lugar de duvidar, a mãe fez como o profeta pediu. O resultado foi que "a comida durou muito tempo" (1Reis 17.15).
- Este, no entanto, não é o epílogo da história. Algum tempo depois, o filho da mulher ficou doente e morreu. O profeta orou e "o Senhor ouviu o clamor de Elias, e a vida voltou ao menino, e ele viveu". "Então, a mulher disse a Elias: “Agora sei que tu és um homem de Deus e que a palavra do Senhor, vinda da tua boca, é a verdade” (1Reis 17.22-24).
- Imagino a vida deste filho da viúva depois deste milagre, que começa com uma história de hospitalidade e generosidade. Sua mãe aprendeu, e ele também, a confiar em Deus, que intervém em nossas vidas.
4. Cada mãe deve cuidar do seu timóteo.

- Quando nos defrontamos com Timóteo, pastor na equipe de Paulo, deparáramos com duas sínteses biográficas lavradas pelo próprio apóstolo. A primeira diz: "Recordo-me da sua fé não fingida, que primeiro habitou em sua avó Lóide e em sua mãe, Eunice, e estou convencido de que também habita em você" (2Timóteo 1.5).
- Timóteo nasceu numa família singular. Sua mãe, Eunice, era uma judia convertida e seu pai era um grego (provavelmente) não convertido ao cristianismo(Atos 16.1). Esse é um dado importante. O nome do garoto não era casual, pois significava "aprovado por Deus". Sua educação ficou a cargo de sua mãe e de sua avó. Para a felicidade de Timóteo, Lóide era diferente de Maaca, avó do rei Asa, que teve que ser deposta (do cargo de rainha-mãe) pelo neto por causa de sua idolatria (1Reis 15.13; cf. 2Crônicas 15.5).
- Sem um pai convertido ou presente, as chances de Timóteo seguir a cultura paterna pagã deveriam ser maiores. No entanto, seu caminho foi outro, como o demonstra a segunda síntese paulina a seu respeito: "Timóteo foi aprovado porque serviu comigo no trabalho do evangelho como um filho ao lado de seu pai" (Filipenses 2.22).
- A vida de Timóteo nos ajuda a pensar no papel das avós. Lóide não entra aqui apenas por uma razão genealógica, mas por causa do seu papel. Muito provavelmente a fé cristã nasceu primeiro no seu coração; alcançou o de sua filha e adentrou ao do neto.
- Estamos diante de três gerações dedicadas ao Senhor por causa de uma avó dedicada. Recebam, avós, o elogio paulino a Lóide como um estímulo a continuarem fazendo o melhor que puderem pelos seus netos. Vale a pena.
- A vida de Timóteo nos ajuda também a pensar no papel de Eunice. Provavelmente sem o apoio do marido, que não era cristão, deu uma sólida formação cristã ao seu filho, que acabou por escolher não só ser um cristão, mas um ministro cristão, com um papel relevante na pregação do Evangelho.
Às mães sozinhas, por estarem separadas ou por não terem marido cristão, a recomendação é clara: cuide do seu timotéo. Vale a pena. O sacrifício é maior; o prêmio, também.

AUTOR: ISRAEL BELO DE AZEVEDO



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